segunda-feira, 12 de maio de 2008

guerras pelo mundo

Extraído integralmente do blog do sérgio dávilla

Há hoje no mundo 30 guerras ou conflitos em andamento. É o maior número desde os anos 90, que foi uma das piores décadas recentes. Nos últimos anos, a tendência de queda deu lugar a um salto que se estabilizou nos atuais 30. Grande parte da culpa está com os Estados Unidos, responsáveis pelas guerras mais "midiáticas", a do Afeganistão e a do Iraque. Mas há outras, várias outras. A pior região do planeta não é o Oriente Médio, que leva a fama, mas a África, que não desperta tanto interesse.Os cálculos são do Departamento de Pesquisa de Conflitos e Paz da Universidade de Uppsala, na Suécia, autor do relatório "Estados em Conflitos Armados". Os pesquisadores dividem os eventos de acordo com sua natureza, que pode ser "Guerras e Conflitos Menores", categoria onde se encaixam Afeganistão e Iraque, "Conflito Não-Estatal" e "Violência Unilateral" -neste último se encaixam as Farc, por exemplo, e o brasileiro Comando Vermelho.Para chegar à categoria principal, eles passam o evento pelo filtro da definição da Fundação Prêmio Nobel, que banca parte do estudo. Guerra, diz a Nobel, é um conflito armado em que há pelo menos mil baixas militares em batalhas, onde ao menos uma das partes envolvidas é o governo de um Estado. A entidade reconhece que, se fosse mais elástica -500 mortes, por exemplo-, o número saltaria.Por que esse blablablá? Porque acabam de sair dois livros que relatam o cinqüentenário do símbolo da paz. Tão simples quanto as boas idéias, o círculo cortado ao meio com duas subdivisões na metade inferior é de 1958, embora só fosse ganhar as ruas e o mundo, para sempre, nas manifestações contra a Guerra do Vietnã, nos anos 60, quando também foi adotado pelo movimento hippie.Como contam Ken Kolsbun e Michael S. Sweeney em "Peace - The Biography of a Symbol" ("Paz - A Biografia de um Símbolo", National Geographic) e Barry Miles em "Peace - 50 Years of Protest" ("Paz - 50 Anos de Protesto", Reader's Digest), ele nasceu de uma necessidade. O artista gráfico britânico Gerald Holtom queria criar uma imagem para o movimento pelo desarmamento nuclear.A divisão britânica do grupo pretendia fazer uma marcha de Londres até Aldermaston, a 84 km da cidade, onde havia um centro de pesquisas nucleares. Era o auge da corrida por armas desse tipo, liderada pelos Estados Unidos e pela então União Soviética, mas também pelo Reino Unido e por outros países da Europa. Holtom queria algo forte, que as pessoas pudessem carregar em cartazes.Então, juntou o símbolo usado pela marinha no semáforo de duas bandeiras para a letra "n", uma figura com os dois braços para baixo, ao símbolo para a letra "d", uma figura com um braço erguido e o outro apontado para o solo, na verdade um traço vertical. Sobrepôs um ao outro e os envolveu num círculo. Nascia o ícone.As letras eram as iniciais para "nuclear disarmament" (desarmamento nuclear), do grupo Campaign for Nuclear Disarmament (CND). Holtom morreu no dia 18 de setembro de 1985, provavelmente aos 70 anos. O CND ainda existe. As armas nucleares também. E há 30 guerras e conflitos em andamento no mundo.

Nenhum comentário: